Isso pode sempre ser visto de duas formas, a depender das ferramentas e perspectivas utilizadas: empoderamento ou apropriação da figura feminina dentro de padrões e papéis que esperamos que essas mulheres representem para a imaginação de todos nós
As mulheres terem que lutar pela fala não é só sobre diálogo e abertura, é sobre dominação e política de gênero. E enquanto isso acontecer, vamos seguir caladas sobre os abusos que sofremos.
Não adianta falarmos só do estupro, crime, tipificado no Código Penal. Precisamos falar de uma cultura inteira que constrói a possibilidade dessa violação de direitos e de como reproduzimos essa cultura no nosso dia a dia.
Mais de 30 homens deitaram-se sobre ela. Mesmo desacordada. Mesmo sangrando. Mesmo doendo. Mesmo sem vida. Mesmo sem alma. Deitaram-se sobre ela porque acreditaram que tinham o direito disso. Um homem havia oferecido aquele corpo a eles. Eles podiam. Mereciam. Eram homens.
Somos ignorantes. Não porque queremos, mas porque a sociedade faz de conta que essas relações não existem, que somos seres binários e que tudo que está “lá fora” é invenção de um bando de malucos. Não é!
Qual seu sonho? Onde e como você deseja estar daqui 20, 30 anos? Você deseja montar um negócio próprio? Curtir aposentadoria com filhos? Desenvolver um programa social? Um projeto colaborativo? Ajudar pessoas?
Nós mulheres gastamos muito tempo de nossas vidas úteis e produtivas odiando nossas barrigas, nossos peitos, nossas bundas, nossos umbigos, nossos cotovelos e pescoços.