Nossa fome é mais complexa do que a gente imagina.
Ela não é só fisiológica, nem somente emocional. Ela vem de vários estímulos, emoções, reações bioquímicas — que variam conforme o nosso estado, contexto e nossas escolhas alimentares e que, assim, se retroalimentam numa dança complexa e bonita de se ver.
Neste vídeo, a Melissa Setubal fala um pouco desse sistema inteligente, rebuscado e vivo que é o nosso corpo.
Dessa visão mais profunda da nossa fome — de que é tudo fluido e de que estamos em constante movimento e interação com o meio — depreendemos também que não existe solução simples para barrá-la.
Precisamos parar de chapar a fome que sentimos, os nossos impulsos. De reprimi-los, condená-los, como se eles fossem errados ou burros, ruins. Precisamos olhar para eles com menos julgamento e mais curiosidade, como se eles fossem, de certa forma, bons professores.
Cada impulso conta uma história e aponta um caminho.
Nossa fome é, antes de tudo, ferramenta.
Vamos juntas nessa exploração. Te encontro no fórum.
Anna Haddad é fundadora da Comum. Escreve pra vários veículos sobre educação, colaboração, novos negócios e gênero, e dá consultorias ligadas à comunidades digitais e conteúdo direcionado pra mulheres.