É com esse olhar que vamos seguir essa trilha e as práticas de encerramento de ciclo e renovação de intenções: um olhar atento, presente, vivaz e leve, de desapego do que foi.
A proposta dessa trilha é diferente. Ela vai ser mais curta que as últimas (de autocompaixão e sexualidade) e vai usar o fim de ano como desculpa pra juntar conteúdo sobre aprendizado, soltura, acolhimento e abertura.
Tocamos sexualidade de modos sutis. Trouxemos memórias, sensibilizamos o corpo. Foi uma abordagem gentil e cuidadosa das psicólogas e terapeutas corporais Renata Pazos e Maria Leonice.
Apropriar-se da própria sexualidade é, antes de mais nada e acima de tudo, se utilizar da maior forma de poder que o homem exerceu sobre as mulheres até hoje: o controle do seu corpo, seu desejo, sua fala
O mais importante é saber que você não precisa transar sem querer, assim como não precisa deixar de transar quando tá com tesão. Liberdade é dizer sim e não porque você quer isso, sem a influência de mais ninguém.
Entendemos o que gostamos. Descobrimos onde é bom ser tocada ou se tocar. Chegamos ao clímax sozinhas, no conforto da nossa cama ou na calma dos nossos banheiros. Mas como a gente leva isso pra um encontro com outra pessoa?
O que é o seu desejo? Quais seus limites? Do que seu corpo gosta e do que não gosta? De que forma você pode traduzir isso no seu corpo, na sua experiência?
A ideia dessa imersão é que a gente possa se ver, se conectar e falar sobre o assunto de um jeito carinhoso e profundo. Não como costumamos fazer: pra uma ou outra amiga, de forma superficial, ou na mesa de bar.
Foi quando olhei pra minha primeira experiência de frente que consegui enxergar que desde cedo eu descobri que meu corpo podia me dar um prazer enorme sem fazer muito esforço - o que por muitos anos eu esqueci e me cobrei sem necessidade