Nessa semana, a ideia é irmos um pouco mais fundo. Além de entrar mais no tema, vamos começar a entender quais os caminhos que temos pra cultivar a gentileza com a gente.
É bom pensar sobre como tratamos a nós mesmas quando as coisas ficam difíceis, especialmente quando nós falhamos, cometemos um erro ou nos sentimos inadequadas. Estamos sendo nossa aliada interior ou nosso pior carrasco?
Estamos disponíveis para ajudar, cuidar, abraçar e dar conselhos carinhosos para quem está ao nosso redor. Mas temos grande dificuldade em sermos gentis com a gente, com o nosso mundo interno, com a nossa realidade.
Desde muito nova eu e minha irmã sempre falávamos uma para outra "se você ver uma menina na rua com um corpo igual o meu, me mostra?". Era uma vontade de se ver por aí, como se vendo alguém como "nós" pudéssemos então existir
Críticas pouco críticas parecem não cooperar com os esforços e a dedicação de cada uma de nós, que podemos correr pouco para a referência de quem vê mas o bastante para pensar numa linha de chegada imaginária
Como assim eu posso apoiar outra menina, independente de gostar dela ou não? Como assim eu posso defendê-la? Como assim eu posso confiar em outra mulher?
Quando o assunto é violência doméstica, o fator de risco é ser mulher. O que nos torna vulneráveis numa sociedade machista é o nosso gênero, e volta e meia casos como os de Luiza Brunet aparecem para não nos deixar esquecer disso